sábado, 26 de fevereiro de 2011



PAI-NOSSO

AS MULHERES!


A revista Isto é (1) divulgou interessante matéria sobre “As mulheres da vida de Jesus”, demonstrando que elas não foram simples coadjuvantes das passagens que marcaram o cristianismo. Os evangelistas são explícitos quanto à numerosa presença feminina na paixão e ao pé da cruz. Foram elas as testemunhas de momentos-chave dos tempos apostólicos.
Historicamente, o patriarcado ancestral tem dominado a trajectória do cristianismo. A exemplo de Deus, o “Pai” e não Mãe, Criador e não Criadora, passando pelos 12 apóstolos e não apostolas, e culminando com Jesus, Filho e não filha. Curiosamente, contudo, são as mulheres que não só participaram, como protagonizaram boa parte dos momentos cruciais da vida de Cristo.
Foi no encontro com Maria que Isabel confirmou o projecto divino à prima, ao anunciá-la como bendita entre as mulheres, além de bendizer o fruto de seu ventre. “Isabel, idosa e estéril, mas grávida de João Batista, representaria o passado que abre caminho e dá as boas vindas ao novo, que é Maria, jovem e grávida de Jesus.” (2)
Maria de Magdala (Madalena), que foi libertada de sete algozes espirituais (desobsidiada) por Jesus passou a segui-Lo e se tornou importante no ministério cristão. A mais poderosa das demonstrações de confiança do Mestre Jesus em Madalena, e, por extensão, nas mulheres, foi o fato de tê-la escolhido para ser a primeira testemunha de seu ressurgimento após a crucificação. A história de outras duas mulheres próximas de Jesus no Evangelho é exemplo disso. Marta e Maria, irmãs de Lázaro, têm dois episódios marcantes junto ao Messias.
A importância das mulheres, aliada ao fato de que muitas não foram identificadas, alimentou um verdadeiro aluvião de lendas sobre o papel que elas tiveram nos momentos apoteóticos do Evangelho. O certo é que o legado feminino deixado pelas mulheres contemporâneas de Jesus tem valor inestimável. Os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João, compilados entre os anos 30 d.C. e 80 d.C., dão enorme importância à presença feminina na Boa Nova.
É facto! O Cristianismo primitivo foi o primeiro movimento histórico que tentou dar à mulher uma condição de "status" social igual à do homem. Mas com o passar dos anos, o movimento cristão fragmentou-se, e a única vertente que sobreviveu e cresceu sobre a função social da mulher foi a interpretação de Paulo de Tarso, o “Convertido de Damasco”.
O “Apóstolo dos Gentios” era formado no rígido patriarcalismo da lei judaica, mesmo tendo realizado profundas transformações morais com relação aos costumes e tradições legados de sua estirpe racial. Ainda assim, após sua conversão, não superou alguns de seus costumes cristalizados, sobretudo em referência às mulheres.
Comprovam sua rigidez em relação a elas as suas missivas a Timóteo: "Não permito à mulher que ensine, nem se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio, com espírito de submissão."(3) Ou ainda aos cristãos de Corinto, quando prescreve "Se desejam instruir-se sobre algum ponto, perguntem aos maridos em casa; não é conveniente que a mulher fale nas assembleias."(4) E aos Colossenses, admoesta: "mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs."(5)
Percebe-se, sem muito esforço de interpretação, que o apóstolo de Tarso não assimilou, na prática, que a liberdade de consciência que ele apregoava envolvia também os anseios femininos – distorção que o Espiritismo corrigiu, desautorizando qualquer ideia de rebaixamento da mulher em relação ao homem e vice-versa.
Em verdade, a mulher é exponencial referência do equilíbrio definitivo do Planeta. Cabe a ela influir decisivamente sobre os seres que reencarnam, transmitindo-lhes a primeira noção da vida. Sabemos que "homem e mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos porque a ambos foi outorgada a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir."(6) Não existem sexos opostos, mas complementares.
“Em pleno século XXI, temos um cristianismo que, no que diz respeito às mulheres, ainda está na Idade Média.” (7) Portanto, nada mais justo que a luta pela causa de maior liberdade e direito para a mulher. Afinal, na Ordem Divina não há distinção entre os dois seres. Mas, obviamente, urge muita cautela. Os movimentos feministas, não obstante tenham seu valor, costumam cair no radicalismo, querendo fazer da participação natural uma imposição. Muitas vezes, em seus intuitos, ao lado de compreensíveis pleitos, enunciam propósitos que fariam da mulher não mais mulher, mas imitação ridícula e imperfeita do homem.
Jamais podemos deixar de lembrar das irmãs Fox,  Florence Cook, e das jovens senhoritas que colaboraram intensamente com Kardec na qualidade de médiuns. Segundo informações históricas, as corajosas vanguardeiras da mediunidade chamavam-se Julie Baudin, Caroline Baudin, Ruth Japhet e Aline Carlotti. As duas primeiras psicografaram a quase totalidade das questões de O Livro dos Espíritos nas reuniões familiares dirigidas por seus pais e assistidas pelo Codificador.(8)  Ruth foi a medianeira responsável pela revisão completa do texto, incluindo adições.(9) Aline fez parte do grupo de médiuns através do qual Kardec referendou as questões mais espinhosas do livro, fazendo uso da concordância dos ensinos (CUEE – Controle Universal dos Ensinamentos dos Espíritos). (10)
Actualmente, embora as mulheres ainda não usufruam do prestígio e reconhecimento que tinham nos tempos de Cristo, a força das histórias daquelas que viveram a fé de forma plena, por meio de actos e palavras, deixou sua marca e continua estimulando mudanças estruturais. No século XIX, se o Consolador Prometido não contasse com a mão-de-obra, com a grandeza, com a persistência e com a moralidade feminina, certamente a Doutrina Espírita inexistiria.

Referências bibliográficas:

(1)    Revista Isto é, edição nº 2146   de 22.dez.2010
(2)    idem
(3)    I Tim. 2, 9-13.
(4)    Coríntios 14, 34-35
(5)    Colossenses 3: 18
(6)    Kardec, Allan. Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001 pergs. 817 a 822
(7)    Revista Isto É, edição nº 2146   de 22.dez.2010
(8)    Revista Espírita, 1858, jan. p.35, Edicel
(9)    idem
(10)    Kardec cita essa última checagem em Obras Póstumas, p.270 (26ª edição da feb). Aline era filha de sr. Carlotti, um dos iniciadores de Rivail nas coisas do invisível.em Obras Póstumas há uma mensagem do Espírito de Verdade, recebida pela srta. Carlotti( pag.281, da edição citada). Mais detalhes sobre o princípio da verificação universal podem ser encontrados na introdução (II) do Evagelho. Segundo o Espiritismo.

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Aralton do Amanhecer: EXCELENTE FINAL DE SEMANA

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

A RELIGIÃO DOS HOMENS E A RELIGIÃO DE DEUS

“Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás ao
teu inimigo. Eu porém vos digo: Amai aos vossos inimigos e orai pelos
que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos
Céus, porque Ele faz nascer o seu Sol sobre os bons e sobre os maus, e vir
suas chuvas sobre os justos e injustos. Porque, se amardes aos que vos
amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicamos o mesmo? E se
saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem
os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como o vosso Pai
celestial é perfeito.”
(Mateus, V, 43-48.)

“Mas os fariseus, sabendo que Jesus fizera calar os saduceus,
reuniram-se; e um deles, doutor da Lei, para o experimentar, fez-lhe esta
pergunta: Mestre, qual é o grande mandamento da Lei?
“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos resumem toda a Lei e os Profetas.”
(Mateus, XXII, 34-40.)

A Religião dos homens não é a Religião de Deus. A religião dos
homens se resume nos sacramentos: baptismo, confissão, crisma,
matrimónio, missas, cultos, louvores, dízimos, extrema-unção, procissões, festas, dias-santos.
A Religião de Deus é caridade, misericórdia, paz, paciência, tolerância, perdão, amor a Deus, amor ao próximo.
A religião dos homens é misericórdia sujeita ao numerário.
A Religião de Deus está isenta do dinheiro do mundo. A religião dos
homens circunscreve a razão e o sentimento, prescrevendo a ignorância;
não admite a evolução.
A Religião de Deus reclama o estudo e proclama o progresso.
A religião dos homens consiste em dogmas e mistérios que a
consciência repele e o sentimento repudia.
A Religião de Deus derruba as barreiras do sobrenatural e afirma que
nunca disse, nem dirá a última palavra, porque é de evolução permanente.
A religião dos homens escraviza as almas, escraviza a inteligência,
anula a razão, condena a análise, a investigação, o livre-exame.
A Religião de Deus manda ao indivíduo, como Paulo, examinar tudo,
crescer em todo o conhecimento, fazer o estudo crítico do que lhe for
apresentado para separar o bom do mau e não ter tropeço no “dia do
Cristo”.
A religião dos homens não tem espírito: para ela o Evangelho é letra morta, não tem a Palavra de Jesus; seus santos são de pau e barro; suas virtudes, de incenso e alfazema; suas obras são folguedos, festanças com alarido de sinos, de foguetes, de fanfarra; seus ornamentos, de fitas e
papéis de cores.
A Religião de Deus é vivificada pelo Espírito da Vida Eterna, é accionada pelas Revelações Sucessivas, baseia-se na Palavra de Jesus, nos Evangelhos, nas Epístolas Apostólicas. Seus santos são Espíritos vivos,
puros, ou que se estão purificando e que vêm comunicar-se com os
homens na Terra, para guiá-los à Verdade; suas virtudes são as curas dos
enfermos operadas por esses Espíritos, as manifestações de materializações, de transportes, de fotografia, que vêm dar a certeza da
Imortalidade e estabelecer a Verdadeira Fé.
A religião dos homens é a aflição, o desespero, a morte; ao doente ela
só oferece a confissão auricular; ao agonizante, a extrema-unção e depois
da morte o De-Profundis com as subsequentes missas, que constituem um
gravame eterno para a família do morto.
A Religião de Deus é a consolação, a esperança, a vida: ao doente dá
remédios, fluidos divinos para lenir o sofrimento; ao agonizante desvenda
o Reino da Imortalidade e afirma o prosseguimento da Vida independente
da vida na Terra; dá de graça a misericórdia, cerca o paciente de amor e a
todos recomenda a oração gratuita como meio de auxiliar os que sofrem.
A religião dos homens é composta de uma hierarquia que começa no
pequeno cura de aldeia para se elevar através das dignidades de cónego,
monsenhor, bispo, arcebispo, cardeal, ao caporal maior, o Sumo Pontífice
Infalível, o Papa; cada qual se distingue pela tonsura, vestimenta, rubis,
pedrarias de esmeraldas, brilhantes, diamantes e roupagens de seda, de
púrpura, de Holanda: obrigando o hábito a fazer o monge.
A Religião de Deus é ministrada pelo Espírito, por intermédio dos
dons espirituais de que fala o grande Apóstolo da Luz em sua gloriosa
Epístola, hoje de divulgação mundial; ela não distingue o religioso, o
cristão, pelo hábito, pela opa, pela batina, pelos anéis, pela coroa, pela
mantilha, pelos rosários, pelas medalhas, pelas cruzes, porque qualquer
tartufo ou “tartufa” pode usar essas insígnias; mas reconhece o cristão, o
religioso pelo carácter, pelo critério, pela fé que dele emana, pela caridade
que o caracteriza, pela esperança não fingida que manifesta.
A religião dos homens persegue, anatematiza, odeia e calunia os que
são descrentes.
A Religião de Deus perdoa, ora, auxilia, serve e ampara seus próprios
perseguidores, detractores, caluniadores e adversários.
A religião dos homens se ilumina à luz do azeite, da cera, da
electricidade.
A Religião de Deus é a Luz do Mundo e de todo o Universo.
A Religião dos homens é insípida, corruptível; usa o sal material.
A Religião de Deus é o Sal da Terra: conserva, transforma, purifica.
A religião dos homens tem igrejas de pedra, de terra, de cal, de ferro,
de madeira.
A Religião de Deus tem por Igreja, como disse o Apóstolo, almas,
espíritos vivificantes.
As igrejas dos homens são de matéria inerte, caem ao embate dos
ventos, das tempestades, das correntezas.
Contra a Igreja de Deus os elementos não prevalecem; ela é
imperecível e se nos mostra cada vez mais viva, mais luminosa.
A religião dos homens é a opressão, o orgulho, o egoísmo, a
mercancia.
A Religião de Deus é a da liberdade, da humildade do amor, do
desinteresse. A religião dos homens não é a Religião de Deus: a religião
dos homens é dos homens e para os homens.
A Religião de Deus é a Luz Universal que proclama a Verdade, o
Caminho e a Vida, repetindo a Palavra do incomparável sábio e santo,
Jesus o Cristo: Amai os vossos inimigos; orai pelos que vos caluniam; que
a vossa justiça seja maior que a dos escribas e fariseus; ama; a Deus e ao
próximo, porque neste amor se fundam a Lei e os Profetas; sede perfeitos
como perfeito é o vosso Pai Celestial

Salve Deus

EXAME DAS RELIGIÕES

“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de
mim. Adoram-me, porém, em vão, ensinando doutrinas que são preceitos
de homens.”
(Mateus, XV, 8-9.)

A religião não consiste numa amálgama de dogmas e na proclamação
de mistérios.
A Religião é parte da Verdade, que se concede aos que a procuram e
lhes é dada de acordo com o seu grau de elevação moral.
O conhecimento da Religião cresce nas almas, na proporção do
progresso moral e espiritual de cada uma.
Como acontece com a aquisição de quaisquer ramificações do saber, a
Religião não prescinde do estudo, da análise, do livre exame.
Paulo, doutor dos gentios, aconselhava a seus ouvintes, para obtenção
do conhecimento da Religião, o exame nítido, racional, inteligente de
todas as Escrituras; por esse meio chegariam ao conhecimento da
Verdade: Examinar tudo, mas abraçai só o que for bom (I Tess., V, 21.)
Pedro remata a sua Epístola Universal com a bem significativa sentença: “Crescei no conhecimento e na graça de N. S. Jesus Cristo.” (II Pedro, III, 18.)
João diz peremptoriamente numa das suas cartas, condenando a ignorância:
“Deus é luz; se dissermos que temos comunhão com Ele e
andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” (I João, I, 5-
6) Tiago não é menos categórico, quando pretende avivar-nos sobre as
tentações e provações, lembrando-nos suas causas e efeitos: “A fortaleza
deve completar a sua obra para que sejais perfeitos e completos, não
faltando em coisa alguma.”(I, 4.)
O conhecimento das circunstâncias que nos cercam se deve completar
com o conhecimento da nossa individualidade e dos nossos deveres
religiosos; do contrário não teremos fortaleza para resistir às tentações e
vencer as provas.
O homem religioso não é, pois, o escravo do culto que repete
maquinalmente as orações do breviário, mas, sim o que estuda e
compreende as Revelações que lhe são transmitidas.
“Examinar tudo e abraçar só o que for bom” é examinar todos os
sistemas religiosos e fazer com inteligência e critério a selecção do que for
bom, rejeitando os erros que as religiões ensinam como artigos de fé.
Está claro que um sistema religioso que proclama a infalibilidade de
seus sacramentos pretende ser intangível e não admite se lhe repudie uma palavra, quanto mais um preceito!
O crítico, por mais competente que seja, filiado a esse credo terá de
submeter-se ainda ao que não julgue bom.
Por exemplo: o católico e o protestante, embora repugne à sua razão os
dogmas das penas eternas e do Diabo, não têm liberdade para impugnar
sua religião; têm, à força, de submeter-se a eles ou então serem excluídos
da comunhão a que pertencem.
Para gozar das regalias do todo, é princípio de Teologia, indispensável
se torna que o adepto aceite as partes integrantes do princípio
conjecturado.”
“Quem não aceita a parte prejudica o todo, não pode, ipso facto, fazer
parte desse todo.”
A sentença de Paulo, pelo que se vê, caduca em face do exame de uma
religião única, porque tendo de aceitar o todo é impossível rejeitar o que
não for bom.
O mesmo acontece às demais recomendações epistolares de Pedro,
Tiago e João.
Para os sacerdotes do Catolicismo e Protestantismo, a sua religião é a
verdade revelada, integral, completa. Aqueles que fizeram profissão de fé
é porque chegaram ao conhecimento da verdade máxima, não têm de
crescer no conhecimento e na graça de N. S. Jesus Cristo;
já estão crescidos, não têm mais que crescer, atingiram o ponto culminante da
verdade religiosa, sabem tanto quanto o Cristo, seu conhecimento é
mesmo igual ao de Deus, porque para essas religiões, Jesus Cristo é o
próprio Deus que se manifestou na segunda pessoa da Trindade.
Conclui-se que, falecendo aos católicos e protestantes os atributos de
perfeição com que a sua religião deveria revesti-los, estão eles, sem
dúvida, fora da Verdadeira Religião, necessitando, portanto, pôr em
prática as recomendações apostólicas para obterem o conhecimento da
Verdade, cujos preceitos se resumem na memorável sentença de Paulo:
“Examinai tudo, mas abraçai só o que for bom.”
Foi, portanto, com justa razão que o Cristo repetiu aquelas palavras ao
povo de então, semelhante ao de hoje, discípulos dos escribas, saduceus e
fariseus: “Este povo honra-me com os lábios, mas seu coração está longe
de mim. Adoram-me, porém, em vão, ensinando doutrinas que são
preceitos de homens.”

Salve Deus

O ENSINO DA RELIGIÃO

“Todo o escriba instruído no Reino dos Céus é semelhante a um pai de
família, que do seu tesouro tira coisas novas e velhas.”
(Mateus, XII, 52.)

Depois da exposição das sete parábolas comparativas ao Reino dos
Céus e à sua aquisição. Jesus, para melhor gravar no Animo de seus
discípulos a necessidade do estudo de toda a Religião e de toda a Filosofia
em suas fases evolutivas do saber humano, comparou todos os fatos e
teorias que deles ressaltam e a História registra com um tesouro, que um
pai de família possui e onde existem moedas velhas e moedas novas, bens
antigos, mas de valor, e bens de aquisição recente, constituindo todo o mesmo tesouro.
Há muita coisa velha que não se pode desprezar, assim como há muita
coisa nova que não podemos pôr à margem, sem prejudicar nosso tesouro.
É assim a Religião.
Ela não consiste só nas aquisições do passado, mas na recepção dos
fatos e idéias presentes e futuras, que a enriquecem.
A Religião de Jesus é uma religião de progresso, de evolução, e, não,
de paralisação.
O próprio Cristo disse: “Muitas coisas tenho para vos dizer, mas não
as podeis suportar agora; porém, quando vier o Espírito da Verdade, ele
vos guiará em toda a verdade; vos fará lembrar tudo quanto vos tenho dito e vos anunciará as coisas que estão para vir.” (João, XVI, 12- 13) .
Aqueles que limitam a Religião a um artigo de fé ou a um dogma,
desvirtuam os seus princípios, paralisam a sua marcha, extinguem,
finalmente, a chama sagrada que deve sempre arder ao impulso de
renovados combustíveis.
Nas Ciências, nas Artes, nas indústrias o homem progride não só
mantendo os velhos conhecimentos que não são senão os elementos
primordiais para novas formas que a eles se adaptam, como também pelas novas aquisições com que engrandecem o seu saber.
O mesmo se dá na Religião. A religião primitiva, revelada a Abraão,
não prescrevia ordenação, mas se limitava a ensinar ao homem a
existência do Deus único, ilimitado em atributos, Criador de tudo quanto
existe.
A esta seguiu a doutrina do Sinai, que, confirmando a Primeira Revelação, ampliou seus ditames com as prescrições morais observadas no Decálogo. Entretanto, a religião não estancou aí o seu manancial, que se avolumava constantemente, pois a fonte viva da Revelação jorra sem cessar. E assim como à Revelação Abraâmica seguiu-se a Revelação Mosaica, à esta sucedeu a Revelação Cristã. Quase dois mil anos depois de Moisés, veio o Revelador Vivo da Doutrina do Amor, que, longe de revogar esta lei, afirmou que lhe vinha dar cumprimento.
Tudo o que procede do Amor prevalece desde o começo e prevalecerá
eternamente: é “palavra que não passa”. Tudo o que não é do Amor, não
pode fazer parte da lei e passará, assim como passa a erva e como passa
tudo o que não é permanente.
O “escriba instruído no Reino dos Céus” sabe muito bem que no
grande tesouro da Religião há moedas velhas e moedas novas de Amor,
que constituem a sua riqueza; por isso, para beneficiar seus filhos, tira
desse tesouro as moedas de que necessita e com as quais enriquece os que lhe estão sujeitos.
Não há religião cristalizada: a verdadeira Religião é progressiva. Aos
velhos conhecimentos ajunta outros novos, à medida que, pelo nosso
esforço, nos preparamos para recebê-los. Essa medida, a seu turno, dilatase com a nossa boa vontade, pelo estudo, pela pesquisa, pela investigação e por meio da prece, que nos põe em relação com os Espíritos Superiores encarregados de auxiliarem nossa evolução espiritual.
Não pode ser de outra forma, porque a Religião não se limita à Terra;
ela se estende a todos os mundos planetários e interplanetários, a todos os sóis, a todas as constelações e dilata-se pelo Universo inteiro, onde seres  inteligentes vivem, estudam, amam e progridem!
Cada um tem o seu grau de evolução, que é tanto maior quanto mais
intensa é a vontade, o desejo do estudo e do progresso, e ninguém pode
assimilar conhecimentos superiores à sua inteligência e ao seu grau de
cultura moral e espiritual.
Foi por isso que Jesus disse a seus discípulos, como se depara no
capítulo XVI, 12, 13, de João: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós
não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da Verdade,
ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que estão para vir.”
Este trecho é característico e plenamente demonstrativo do que afirmamos: a Religião não é um punctum stans, uma divindade imóvel,
mas sim um punctum fluens, fonte viva, que jorra incessantemente água
pura e cristalina! E assim como as revelações não cessam: à Abraâmica
sucedeu a Mosaica e a está a Cristã, a Revelação Espírita, que é a
Revelação das Revelações, como complemento da Revelação Messiânica,
vem trazer, aos homens, novos conhecimentos filosóficos, novos
conhecimentos científicos, novos conhecimentos religiosos, todos
oriundos dessa fonte, cujo manancial se tem mostrado inesgotável através
dos séculos!
E o “escriba instruído no Reino dos Céus” sabe muito bem disso; por
esse motivo, e também porque, cauteloso, não deixa de adquirir
conhecimentos com os quais enriquece o seu tesouro, dele tira coisas
novas e velhas, como faz o bom pai de família, para instruir aos que lhe
estão afectos.

Salve Deus

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

(Lucas, capítulo 10º, versículos 25 a 37)

Um dia, um pobre homem descia da cidade de Jerusalém para uma outra cidade, Jericó, a trinta e três quilómetros daquela capital, no vale do Rio Jordão.

A estrada era cheia de curvas. Nela havia muitos penhascos, em cujas grutas era comum se refugiarem os salteadores de estradas, que naquele tempo eram muitos e perigosos.

O pobre viajante foi assaltado pelos ladrões. Os salteadores usaram de muita maldade, pois, além de roubarem tudo o que o pobre homem trazia, ainda o espancaram com muita violência, deixando-o quase morto no caminho.

Logo depois do criminoso assalto, passou por aquele mesmo lugar um sacerdote do Templo de Salomão. Esse sacerdote vinha de Jerusalém, onde possivelmente terminara seus serviços religiosos, e se dirigia também para Jericô. Viu o pobre viajante caído na estrada, ferido, meio morto. Não se deteve, porém, para socorrê-lo. Não teve compaixão do pobre ferido, abandonado no chão da estrada. Apesar dos seus conhecimentos da Lei de Deus, era um homem de coração muito frio. Por isso, continuou sua viagem, descendo a montanha, indiferente aos sofrimentos do infeliz...

Instantes depois, passa também pelo mesmo lugar, um levita. Os levitas eram auxiliares do culto religioso do Templo. Esse levita, não procedeu melhor do que o sacerdote. Também conhecia a Lei de Deus, mas, na sua alma não havia bondade e ele fez o mesmo que o padre, seu chefe. Viu o ferido e passou de largo.

Uma terceira pessoa passa pelo mesmo lugar. Era um samaritano, que igualmente vinha de Jerusalém. Viu também o infeliz ferido da estrada, mas, não procedeu como o sacerdote e o levita. O bom samaritano desceu do seu animal, aproximou-se do pobre judeu e se encheu de grande compaixão, quando o contemplou de perto, com as vestes rasgadas e sangrentas e o corpo ferido pelas pancadas que recebera.

Imediatamente, o bondoso samaritano retirou do seu saco de viagem duas pequenas vasilhas. Uma, era de vinho, com ele, desinfectou as feridas do pobre homem; outra, de azeite, com que lhe aliviou as dores. Atou-lhe os ferimentos e levantou o desconhecido, colocando-o no seu animal.  
Em seguida, conduziu-o para uma estalagem próxima e cuidou dele como carinhoso enfermeiro, durante toda a noite.

Na manhã seguinte, tendo de continuar sua viagem, chamou o dono do pequeno hotel, entregou-lhe dois denários (*) e recomendou-lhe que cuidasse bem do pobre ferido:

— Tem cuidado com o pobre homem. Se gastares alguma coisa além deste dinheiro que te deixo, eu te pagarei tudo quando voltar.

Jesus contou esta parábola a um doutor da lei que Lhe havia perguntado:

— Mestre, que devo fazer para possuir a Vida Eterna?

Jesus lhe respondeu que era necessário amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças e de todo o entendimento; e também amar
ao próximo como a si mesmo.

O doutor da lei, apesar de sua sabedoria, perguntou ao Divino Mestre quem é o próximo.  

Então, Jesus lhe contou a Parábola do Bom Samaritano. Terminada a história, o Senhor perguntou ao sábio judeu:

— Qual dos três (o sacerdote, o levita ou o samaritano) te parece que foi o próximo do pobre homem que caiu em poder dos ladrões?

— Foi o que usou de misericórdia para com ele — respondeu o doutor.

— Vai e faz o mesmo — disse-lhe o Divino Mestre.

Entendeu, filhinho, a Parábola do Bom Samaritano?

O doutor da lei queria saber quem ele deveria considerar seu próximo, a fim de amar esse mesmo próximo. Mas, Jesus lhe respondeu indirectamente à pergunta, com outra questão: “Quem foi o próximo do homem ferido?” 

Jesus indagou do doutor da lei quem soube ter amor no coração para o desconhecido padecente da estrada. E o doutor, que era um judeu (os judeus odiavam os samaritanos), confessou que foi o samaritano.

“Vai e faz o mesmo” — é a ordem eterna do Mestre. 

O nosso próximo, filhinho, é qualquer pessoa que esteja em nosso caminho; é qualquer alma necessitada de auxílio; é aquele que tem fome, que tem sede, que está desamparado, que está sofrendo na prisão ou no leito de dor...

Que você, meu filho, imite sempre o Bom Samaritano. Esteja sempre pronto para socorrer quem sofre, como o bondoso samaritano fez, sem qualquer indagação ao necessitado.

Que você faça o mesmo, como Jesus pediu. Nunca pergunte, nunca procure saber coisa alguma daquele que você pode e deve auxiliar. Não se interesse em saber se o pobre, se o doente, se o orfãozinho necessitado é espírita ou católico, se é judeu ou protestante, se é pessoa branca ou de cor. Não se interesse em saber quais as ideias que ele professa ou a politica que ele acompanha. Não cultive no coraçãozinho os odiosos preconceitos de raça, de religião ou de cor. Que você olhe apenas as feridas de quem sofre, para pensá-las. Que você enxergue somente a dor do próximo, para aliviá-la.

Imite o Bom Samaritano, filhinho. É Jesus quem pede ao seu coraçãozinho: “Vá e faça o mesmo”, sempre, em toda parte, com quem quer que seja.
Este é o caminho da Vida Eterna, com Jesus.

(*) O denário era uma moeda romana, em curso na Palestina no tempo de Jesus.

espírita do terceiro milênio: Chico Amor Xavier

espírita do terceiro milênio: Chico Amor Xavier: "Segue abaixo um excelente documentário sobre o nosso querido Chico. Aproveitem! Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=mE9NjL-v8XU ..."

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Evangelho para crianças


A PARÁBOLA DO SEMEADOR

(Mateus, capítulo 13º, versículos 1 a 9, e 18, a 23)

Um semeador, como fazia todos os dias, saiu de casa e se dirigiu ao seu campo para nele semear os grãos de trigo que possuía, honrando a Deus com seu trabalho honesto.

Começou a semear. Enquanto lançava as sementes ao campo, algumas caíram no caminho, na pequena estrada que ficava no meio da seara. Você sabe que os passarinhos costumam acompanhar os semeadores ao campo, para comer as sementes que caem ao chão? Pois, isso aconteceu em nossa história. Alguns grãos caíram à beira da estrada, e os passarinhos, rápidos, desceram e os comeram.

O semeador, porém, continuou semeando. Outras sementes caíram num lugar pedregoso. Havia ali muitas pedras e pouca terra. As sementes nasceram logo naquele solo, que não era profundo. O trigo cresceu depressa, mas, vindo o sol forte, foi queimado; e como suas raízes não cresceram por causa das pedras, murchou e morreu.

Outros grãos caíram num pedaço do campo onde havia muitos espinheiros. Quando o trigo cresceu, foi sufocado pelos espinhos e também morreu.
Uma última parte das sementes caiu numa terra boa e preparada, longe dos pedregulhos e das sarças.

E o trigo ali semeado deu uma colheita farta. Cada grão produziu outros cem, outros sessenta ou outros trinta...

O próprio Jesus explicou a Seus discípulos a Parábola do Semeador.
As nossas almas, filhinho, são comparáveis aos quatro terrenos da história: “o terreno do caminho”, “o solo cheio de pedras”, “a terra cheia de espinheiros” e “o terreno lavrado e bom
”.

Jesus é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de sabedoria. E os diversos terrenos são os nossos corações, os nossos Espíritos, onde Ele semeia Seus ensinamentos, cheio de bondade para connosco.

E como procedemos para com Jesus? Como respondemos à Sua bondade? O modo como damos resposta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos classifica espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em nossa alma. Cada coração humano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da parábola.

Vejamos, então, filhinhos:

Quando alguém ouve a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá valor, aparecem as forças do mal (os Espíritos maldosos, desen-carnados ou encarnados) e arrebatam o que foi semeado no seu coração, tais como os passarinhos comeram as sementes... E sabe de que modo? Fazendo com que a alma esqueça o que ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se desinteresse das coisas espirituais. E a alma fica indiferente aos ensinamentos divinos. O coração dessa pessoa é semelhante ao
“terreno do caminho”, onde a semente não chegou a penetrar. Um exemplo desse terreno é a criança que não presta atenção às aulas de Evangelho, ficando distraída durante as explicações. Ou ainda, a criança que não gosta de ler os livrinhos que ensinam o caminho de Jesus...

E o segundo terreno, o pedregoso?

Esse terreno é a imagem da pessoa que recebe os ensinos de Jesus com muita alegria. São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão, ou as crianças animadas nas escolas de Evangelho, mas cuja animação dura pouco. Quando surgem as zombarias, as perseguições ou os sofrimentos, a alma, que é inconstante, abandona o caminho do Evangelho. Um exemplo para você, filhinho: uma criança está frequentando as aulas de Moral Cristã numa Escola Espírita. Está aprendendo os mandamentos divinos, os ensinos de Cristo, o caminho do bem, da pureza, da honestidade. Está muito contente com o que está estudando. Sente-se animada e feliz. Um dia, aparece um colega do colégio ou da vizinhança, dizendo que o “Espiritismo é obra do demónio”, que “os que frequentam aulas de Evangelho nas escolas Espíritas ficam loucos e vão para o inferno”. E zomba dele sempre que o encontra e lhe põe apelidos humilhantes. O nosso amiguinho não tem ainda firmeza de fé. Tem medo das zombarias dos colegas e dos vizinhos, que dizem que “somente sua religião é verdadeira” e lhe mandam “receber Espíritos na rua”. Amedrontado pela perseguição e pelos motejos, o nosso irmãozinho deixa a Escola de Evangelho, onde estava começando a compreender a beleza do ensino de Jesus e as bênçãos do Espiritismo Cristão. Esse menino tinha o coração semelhante ao “terreno cheio de pedras”, onde a planta da verdade não pôde crescer e frutificar.

O terceiro solo é a “terra cheia de espinheiros “. É o caso das pessoas que recebem a palavra do Evangelho, mas, depois abandonam o caminho cristão por causa das grandezas falsas do mundo e da sedução das riquezas. Ouviram o Evangelho, mas se interessaram mais pelos negócios, pelos lucros, pelas vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das coisas da terra. Há também, no mundo das crianças, exemplos desse terreno. São as crianças que conheceram, às vezes desde pequeninas, os ensinos de Jesus, mas, depois de crescidas, preferiram os maus companheiros, as crianças sem Deus, e passaram a interessar-se somente pelos problemas de dinheiro ou de modas, pelos ídolos do cinema ou do futebol. Não querem mais nem Jesus, nem lições de Evangelho. Só pensam em automóveis de luxo, sonham com caminhões, imaginam-se ricos “quando crescerem”... A princípio, sabiam repartir com os pobres o seu dinheirinho, porém, agora só pensam em juntá-lo: a caridade morreu nos seus corações. O mundo, com suas riquezas falsas (que terminam com a morte), seduziu suas almas e sufocou a plantinha de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus pelos sonhos e ambições de carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes, de campos de desporto, de concursos de beleza, de grandezas sociais... A plantinha de Deus foi sufocada pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida material. E morreu...

O quarto terreno, “a terra lavrada e boa, é o símbolo do coração que escuta o Evangelho, procurando compreendê-lo e praticá-lo na vida. E a alma que estuda a palavra do Senhor, percebendo que está neste mundo para aprender a Verdade e o Bem. E, assim, dá frutos de bondade e eleva-se para Deus. Abandona seus vícios e maus hábitos, dedicando-se à prática das virtudes, guardando a fé no coração, socorrendo carinhosamente os necessitados e sofredores e buscando os conselhos de Deus no Evangelho de Cristo.

O coração de uma criança verdadeiramente cristã é o bom terreno da parábola: cada semente de Jesus se transforma em trinta, sessenta ou cem bênçãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. O coração dessa criança deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se esforça sinceramente para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e ajudar, aprender e servir.

Filhinho, aí está a Parábola do Semeador. Medite nela. Que você, guardando a humildade de coração, se esforce para ser, se ainda não o é, o bom terreno, que recebe os grãos de luz do Divino Semeador e dá muitos frutos de sabedoria e bondade.

Paz & bem
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GLOBO REPORTER - Ciência & Espiritualidade

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

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Paulo de Tarso

Paulo de Tarso

Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui educado nesta cidade, instruído aos pés de Gamaliel, em todo o rigor da Lei dos nossos pais e cheio de zelo pelas coisas de Deus, como todos vós sois agora.

Persegui de morte esta «Via», algemando e entregando à prisão homens e mulheres, como o podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todos os anciãos.

Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco, onde ia para prender os que lá se encontrassem e trazê-los agrilhoados a Jerusalém, a fim de serem castigados.

Ia a caminho, e já próximo de Damasco, quando, por volta do meio-dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade.

Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia:

‘Saulo, Saulo, porque me persegues?’ Respondi:

‘Quem és Tu, Senhor?

’ Ele disse-me, então: ‘Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.

’ Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava.

E prossegui: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’ 

O Senhor respondeu-me: ‘Ergue-te, vai a Damasco, e lá te dirão o que se determinou que fizesses.

’ Mas, como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco.

Ora um certo Ananias, homem piedoso e cumpridor da Lei, muito respeitado por todos os judeus da cidade, foi procurar-me e disse:

‘Saulo, meu irmão, recupera a vista.

’ E, no mesmo instante, comecei a vê-lo. Ele prosseguiu:

‘O Deus dos nossos pais predestinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e para ouvires as palavras da sua boca, porque serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste. E agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.’

Le Spiritisme

Le Spiritisme

    Ce dont il s'agit
    Ce qu'il révèle 
    Sa portée
    Ce qu'il enseigne 
    La pratique spirite 
    Livres de la codification spirite

Qu'est-ce que le Spiritisme ?

C'est un ensemble de principes et de lois, révélés par les Esprits Supérieurs, contenus dans les ouvrages d'Allan Kardec qui constituent la Codification Spirite : Le Livre des Esprits, Le Livre des Médiums, L'Evangile selon le Spiritisme, Le Ciel et l'Enfer et La Genèse. C'est le consolateur promis, venu en temps voulu pour rappeler et compléter les enseignements de Jésus, "rétablissant toutes choses dans leur sens véritable", apportant ainsi à l'Humanité les vraies bases de sa spiritualisation.

Que révèle-t-il ?

Il révèle des concepts nouveaux et plus approfondis sur Dieu, de l'Univers, des Hommes, des Esprits et des Lois qui régissent la vie. Il révèle aussi ce que nous sommes, d'où nous venons, où nous allons, le but de l'existence terrestre et la raison des douleurs et de la souffrance.
Quelle est sa portée ?

En apportant des concepts nouveaux sur l'homme et tout ce qui l'entoure, le Spiritisme touche à tous les domaines de la connaissance, des activités et des comportements humains. Il peut et doit être étudié, analysé et pratiqué dans tous les aspects fondamentaux de la vie, tels que : scientifique, philosophique, religieux, éthique, moral, éducationnel, social.
Qu'enseigne-t-il ?
(points fondamentaux) :

    * Dieu est l'intelligence suprême, cause première de toutes choses. Il est éternel, immuable, immatériel, unique, tout-puissant, souverainement juste et bon.

    * Dieu a créé l'univers qui comprend tous les êtres rationnels et irrationnels, animés et inanimés, matériels et immatériels.

    * En plus du monde corporel, demeure des Esprits incarnés (Hommes), il existe un monde spirituel, demeure des Esprits désincarnés.

   
* Toutes les lois de la nature sont des lois divines, puisque Dieu est l'auteur de toutes choses. Elles couvrent tant les lois physiques que les lois morales.

    * L'homme est un Esprit incarné dans un corps matériel. Le périsprit est le corps semi-matériel qui unit l'Esprit au corps matériel.

    * Les Esprits sont les êtres intelligents de la création. Ils constituent le monde spirite, qui est préexistant et survivant à tout.

    * Les Esprits sont créés simples et ignorants. Ils évoluent intellectuellement et moralement, en passant d'un ordre inférieur à un ordre supérieur, jusqu'à la perfection, où ils jouissent d'un bonheur inaltérable.

    * Les Esprits conservent leur individualité, avant, pendant et après chaque incarnation.

   
* Les Esprits se réincarnent autant de fois que nécessaire pour leur propre amélioration.

    * Les différentes existences corporelles de l'Esprit sont toujours progressives et jamais

rétrogrades ; mais la rapidité du progrès, intellectuel et moral, dépend des efforts que nous réalisons pour arriver à la perfection.

    * Les Esprits sont de différents ordres, selon le degré de perfection auquel ils sont parvenus : les purs Esprits, qui ont atteint le suprême degré de perfection ; les bons Esprits, chez qui le désir du bien prédomine ; les Esprits imparfaits, caractérisés par l'ignorance, par la propension au mal et par les passions inférieures.

   
* Les relations des Esprits avec les hommes sont constantes, et ont toujours existé.

Les bons Esprits nous sollicitent au bien, nous soutiennent dans les épreuves de la vie, et nous aident à les supporter avec courage et résignation ; les mauvais nous sollicitent au mal.

    * Jésus est le guide et le modèle pour toute l'Humanité, et la doctrine qu'il a enseignée et pratiquée est la plus pure expression de la Loi de Dieu.

    * La morale du Christ, contenue dans l'Evangile, est le guide pour l'évolution sûre de tous les hommes, et sa pratique est la solution à tous les problèmes humains.

   
* L'homme a le libre-arbitre pour agir, mais il répond des conséquences de ses actes.

    * La vie future réserve aux hommes des peines et des jouissances compatibles avec leur comportement en respect ou non de la Loi de Dieu.

    * La prière est un acte d'adoration de Dieu. Elle est dans la loi naturelle, puisqu'elle est le résultat d'un sentiment inné chez l'homme, tout comme l'idée de l'existence du Créateur.

    * La prière rend l'homme meilleur. Celui qui prie avec ferveur et confiance est plus fort contre les tentations du mal, et Dieu lui envoie de bons Esprits pour l'assister. C'est un secours qui n'est jamais refusé quand il est demandé avec sincérité.

"Naître, mourir, renaître encore et progresser sans cesse, telle est la loi." 

"Il n'y a de foi inébranlable que celle qui peut regarder la raison face à face, à tous les âges de l'humanité."

"Hors la charité, point de salut." 
La pratique Spirite

    * Toute pratique spirite est gratuite, selon le principe de l'Evangile : "Donnez gratuitement ce que vous avez reçu gratuitement".

    * La pratique spirite n'a aucun culte extérieur, selon le principe chrétien que Dieu doit être adoré en esprit et en vérité.

    * Le Spiritisme n'a pas de sacerdoce. Il n'adopte ni utilise dans ses réunions et dans ses pratiques : parements, boissons alcooliques, encens, fumées, autels, icônes, brancards, bougies, processions, talismans, amulettes, sacrements, concession d'indulgences, horoscopes, cartomancie, pyramides, cristaux, buccins, rituels ou toute autre forme de culte extérieur.

    * Le Spiritisme n'impose pas ses principes. Il invite les intéressés qui désirent le
connaître à soumettre ses enseignements au crible de la raison avant de les accepter.
    * La médiumnité, qui permet la communication entre les Esprits et les hommes, est un don que beaucoup de personnes apportent à leur naissance, indépendamment de la directrice doctrinale adoptée dans leur vie.

    * La pratique médiumnique spirite n'est que celle qui est exercée sur la base des principes de la Doctrine Spirite et selon la morale chrétienne.

    * Le Spiritisme respecte toutes les religions, valorise les efforts pour la pratique du bien, travaille à la confraternité entre tous les hommes indépendamment de leur race, couleur, nationalité, croyance ou niveau culturel social, et reconnaît que "le véritable homme de bien est celui qui pratique la loi de justice, d'amour et de charité dans sa plus grande pureté".


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 O Espiritismo
    O que é
    O que revela
    Seu escopo
    O que ele ensina
    prática espírita
    livros Codificação Espírita
O que é o Espiritismo?
É um conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras da Codificação Espírita Allan Kardec, que constituem: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu eo Inferno e A Gênese. É o Consolador prometido, veio no tempo para recordar e completar os ensinamentos de Jesus, "restaurar todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo para a Humanidade a verdadeira base de sua espiritualização.
O que faz ele?

Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos homens, as mentes e as leis que regem a vida. Ele também revela o que somos, de onde viemos, para onde vamos, o objetivo da existência terrena e a razão da dor e do sofrimento.

Qual é o seu significado?

Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das actividades e do comportamento humano. Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.
Ele ensina?
(Pontos base):

    * Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Ele é eterno, imutável, imaterial, único, omnipotente, soberanamente justo e bom.

    * Deus criou o universo, que inclui todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.

    * Além do mundo corporal, a morada dos Espíritos encarnados (Homens), existe um mundo espiritual, a morada dos espíritos desencarnados.

    * Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é o autor de todas as coisas. Abrangem tanto as leis físicas que as leis morais.

    * O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.

    * Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Eles estão no mundo espiritual, que é pré-existente e sobrevivente a ele.

    * Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para ordem superior, a perfeição, onde gozam de uma felicidade inalterável.

    * Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

    * Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias para seu aperfeiçoamento.

    * As diferentes existências corporais do Espírito são sempre progressivas e nunca

para trás, mas a velocidade do progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que estamos fazendo para alcançar a perfeição.

    * Espíritos são de diferentes ordens, dependendo do grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos puros, que atingiram o mais alto grau de perfeição, bom humor, nos quais o desejo do bem predomina, os Espíritos imperfeitos, caracterizados por ignorância, pela propensão ao mal e as paixões inferiores.

    * A relação dos espíritos com os homens são consistentes e sempre existiram.

Os bons Espíritos que procuramos o bem, apoiar-nos nas provações da vida, e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação, mal pergunte-nos para o mal.

    * Jesus é o guia e modelo para toda a humanidade, ea doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

    * A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o guia para o desenvolvimento seguro de todos os homens, e sua prática é a resposta para todos os problemas humanos.

    * O Homem tem livre arbítrio para agir, mas ele diz que as consequências de suas acções.

    * As penas de vida futura para os homens e gozo de acordo com seu comportamento em conformidade ou não a lei de Deus.

    * A oração é um ato de adoração a Deus. É a lei natural, pois é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como a idéia da existência do Criador.

    * A oração torna o homem melhor. Aquele que ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É um alívio que nunca é recusado quando pediu sinceramente.

"Nascer, morrer, renascer e progredir sempre, tal é a lei."

"Tem fé inabalável de que aquilo que pode encarar a razão face a face, em todas as idades da humanidade."

"Fora da caridade, não Olá".
prática espírita

    * Toda a prática espírita é gratuita, de acordo com o princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes".

    * A prática espírita não tem culto externo, o princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e em verdade.

    * O Espiritismo não tem sacerdócio. Adota ou usa em suas reuniões e em suas práticas: tapume, bebidas alcoólicas, incenso, fumo, altares, ícones, esticadores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indulgência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais ou qualquer outra forma de culto exterior.

    * O Espiritismo não impõe os seus princípios. Ele convida os interessados que desejem
prestes a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.
    * A mediunidade, que permite a comunicação entre os espíritos e os homens, é um dom que muitas pessoas trazem o seu nascimento, independentemente da directriz doutrinária adoptada em suas vidas.

    * A prática da mediunidade espírita é aquela que é exercida sobre os princípios da Doutrina Espírita e na moral cristã.

    * O Espiritismo respeita todas as religiões, promove esforços para fazer boas obras para a fraternidade entre todos os povos independentemente de raça, cor, nacionalidade, credo ou nível cultural, social, e reconhece que "o verdadeiro homem é bom aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade na sua maior pureza ".